Obesidade tem crescido exponencialmente nos últimos anos em todas as populações, independentemente de sexo, idade, e condições socioeconômicas. Nesse sentido, é preciso conhecer as características de cada população, a fim de entender como essa doença afeta de maneira específica cada uma delas, permitindo um planejamento ótimo e uma prescrição adequada de um programa de intervenção eficaz e duradouro para o tratamento da obesidade, seja para uma criança, um adulto, um idoso, etc.
Para tanto nesta unidade será discutido as particularidades do excesso de tecido adiposo nas crianças e nos adolescentes. Historicamente criança “gordinha” era considerada criança saudável.
Essa relação era feita (e ainda acontece nos dias atuais) porque um dos grandes problemas relacionado à saúde das crianças era o baixo peso e, em função disso, inúmeros casos de doenças infecciosas, aumentando muito a taxa de mortalidade infantil.
Assim, aquela criança “gordinha” estava livre desses problemas. Contudo, atualmente a obesidade infantil é um problema mundial, principalmente nos países desenvolvidos, mas também nos países em desenvolvimento. Sabe-se que, crianças muito acima do peso ideal, mesmo as recém nascidas, tem grandes chances de se tornar adultos obesos, e mais do que isso, passam a ter grandes chances de desenvolver doenças crônico-degenerativas ainda crianças, podendo diminuir muito a expectativa de vida das mesmas.